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Archive for abril \20\-02:00 2009

Só os Beatles mesmo! Essa banda tem um impacto imensamente positivo até hoje – e sempre terá!

Abaixo, alguns vídeos do Yellow Matter Custard, que é uma reunião de 4 grandíssimos músicos para… brincar de Beatles!!!

Neal Morse é um multi-instrumentista incrível – canta, toca teclado, guitarra, bateria…! Fez carreira no Spock’s Beard, banda em que o baterista Nick D’Virgilio assumiu os vocais. Recentemente, entrou em estúdio com o Transatlantic, após 7 anos de dedicação quase que exclusiva à carreira solo, depois de ter se convertido ao cristianismo. Aliás, foi ouvindo essa banda que eu soube da existência de Morse!

Aqui, ele se diverte (e se esguela!) em Oh Darling!

No mesmo Transatlantic, toca um baterista chamado Mike Portnoy. Aclamado pelos fãs de rock progressivo e pela crítica especializada, ele é o baterista do Dream Theater. Muitos o ouvem pela primeira vez só por curiosidade, já que sempre usa baterias enooormes.

No Yellow Matter Custard, ele poupa peças e dispensa comentários quanto à clara satisfação em tocar Beatles. Ele também aproveita para cantar, como em Nowhere Man. No fim do vídeo, Neal Morse brinca: “Mike! He sings! …uow!”

O terceiro integrante, além de ser fã dos Beatles, também tem outra característica em comum com os dois anteriores: em 2007, participou da gravação do álbum solo de Neal Morse intitulado Sola Scriptura. Neste disco e na famosa banda Mr. Big, o guitarrista Paul Gilbert mostra que é um músico de primeira linha.

Ele canta várias músicas e, assim como Morse, parece uma criança no palco! A música I Want You se encaixou perfeitamente nele! Ou seria o contrário?

O baixista do Yellow Matter Custard é Matt Bissonette, irmão do baterista Gregg Bissonette. Matt gravou quatro álbuns com o guitarrista Joe Satriani, um com David Lee Roth (Van Halen), Peter Frampton, entre outros. Participou do G3 de 2005, que reuniu os guitarristas Steve Vai, John Petrucci (Dream Theater) e Satriani. Ao lado do irmão, acompanhou Ringo Starr numa tour nos Estados Unidos em 2003.

É ele o responsável por boa parte dos vocais no Yellow Matter Custard, como na incrível Magical Mistery Tour!

A banda se reuniu para apresentações nos dias 17 e 18 de maio de 2003, no Upper Montclair (New Jersey) e no BB King’s Blues Club (New York). Da segunda apresentação veio um CD e, em 2005, um DVD, do qual saíram os três primeiros vídeos aqui postados. Também se reuniram ao menos mais uma vez, na apresentação de Mike Portnoy no festival Modern Drummer, também em 2003. O vídeo de Magical Mistery Tour é dessa apresentação.

Ótimos músicos reunidos num projeto mais pela diversão do que pelo dinheiro e sem ficar brigando pra mostrar que “eu sou o mais fodão”.

Valeu, Beatles, por ter cativado fãs como esses!

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Você já viu o clip de Open Your Eyes do Snow Patrol? Se quiser assistir ao original legendado, segue o link.

http://www.youtube.com/watch?v=6HfIitWLXQU

Mas esse post foi motivado por outro vídeo.

Vídeos do VodPod não estão mais disponíveis.

more about "panges ", posted with vodpod

Este vídeo é constituído de:

* curta-metragem C’était un rendez-vous – Claude Lelouch, 1976;

* mapa seguindo o trajeto (http://bhendrix.com/wall/Gmaps_GVideo_Mashup_Rendezvous.html);

* música Open Your Eyes, do grupo britânico Snow Patrol;

* e minhas edições, incluindo algumas observações!

Os diretores citados no clip do Snow Patrol são Claude Lelouch e Roberto Hales. Isso porque o cineasta francês Lelouch, em 1976, tinha adquirido um novo equipamento: uma câmera giroscópica, cujas imagens não balançavam. Ou seja, comparando-se aos carros, o equipamento tinha uma espécie de “suspensão”. O cineasta, nascido em 1937, resolveu experimentar a câmera com um rolo de 35mm que sobrara de outras filmagens. Por causa disso, o tempo máximo do curta estava fadado a 10 minutos.

Lelouch planejou o trajeto e acoplou a câmera à frente de um carro. Dizem que ele tentou obter uma autorização com a prefeitura de Paris para que fechassem as ruas que seriam percorridas. Como o pedido foi negado, a filmagem foi feita na marra – e na emoção – às 5:30 da manhã. O roteiro era simples, completamente em cinéma vérité, ou seja, só em um ângulo e sem edição. Lelouch fez questão de destacar no início da obra: “o filme que você vê foi feito sem quaisquer efeitos especiais nem aceleração”.

Tudo isso só contribuiu para elevar o realismo. “Por que estaria correndo tanto?” O protagonista oculto fura mais de 10 vezes o sinal vermelho! Além do belo ronco do motor, a alta velocidade é notada pela diferença em relação aos outros carros – ainda bem que a prefeitura negou fechar as ruas para a filmagem! Ainda não sei o motivo, mas em um momento o piloto em questão chega a desviar do trajeto originalmente planejado, tendo que passar por ruas estreitas e acelerar mais ainda.

O gran finale justifica toda a correria. É uma daquelas obras cuja dimensão e intensidade só são compreendidas ao final. O desejo é de logo em seguida assistir novamente, colocando-se na pele do piloto louco para chegar ao destino.

Há controvérsias quanto à liberação das imagens para o grupo britânico. Em entrevista a Fernando Oliveira (Diário de S. Paulo) em outubro de 2007, Lelouch diz que não sabia do clip e logo em seguida acrescenta que terá de processar a banda (http://oglobo.globo.com/cultura/mat/2007/10/24/326883118.asp).

Explicações titulares (ou reservas) – referentes ao título!

Velozes: Precisa explicar? No mais, foi uma brincadeira com o filme “Velozes e furiosos” mesmo.

Pop: Snow Patrol. Isso diz alguma coisa? Ta, não é a banda mais famosa do mundo, mas é um clip que ficou bastante conhecido. Além disso, o som deles não causa estranheza a muitas pessoas, então está para o pop.

Cult: Um ano antes da entrevista em que fica sabendo da existência do clip, uma rede de TV francesa reconstruíra o curta-metragem junto com o cineasta. Até ali, a raridade de exemplares ao redor do mundo e as várias especulações e curiosidades haviam levado C’était un rendez-vous ao status de cult.

Ferrari 275GTB foi identificada pelo som...

Ferrari 275GTB foi identificada pelo som...

Os fanáticos já tinham identificado o modelo do carro pelo ronco do motor: Ferrari 275GTB. Dizem, iclusive, que Lelouch tinha esse modelo em sua garagem.

Mas 30 anos após o lançamento, na refilmagem acima citada, a comprovação de outra tese: o carro utilizado foi uma Mercedes-Benz 6.9L. O próprio cineasta fez overdubbing com os sons da Ferrari com o objetivo – conquistado – de dar a impressão de velocidades extremamente elevadas. De toda forma, a Mercedes, de câmbio automático, pode chegar a 230km/h. Lelouch fala que chegou aos 200km/h. Alguns fanáticos calculam que ele não tenha passado dos 140km/h. Mesmo assim, é emoção demais!

...mas o vídeo foi feito nesta Mercedes-Benz!

...mas foi um overddub nesta Mercedes-Benz 6.9L, que alcança 230km/h!

Outra especulação que haviam criado logo após o lançamento do curta: quem era o piloto? Após a estreia, Lelouch foi detido pela polícia para identificação do piloto, que claramente infringe as leis de trânsito e coloca em risco a vida dele, de outros motoristas, pedestres, pombos e, claro, a vida daquela Mercedes. Mesmo assim, ele se negou a entregar a identidade do piloto e protagonista.

Na reconstrução da TV francesa, a “revelação-mór”: o piloto não foi Jacques Laffite, Jacky Ickx nem Jean-Pierre Beltoise – pilotos franceses que passaram pela Fórmula 1.

Seu nome é Claude Lelouch

***

Assista à reconstrução do curta:

* agradecimento e créditos pelo post do blogger Speeder76, um português nascido no Brasil:

http://continental-circus.blogspot.com/2009/04/cetait-un-rendez-vous-o-making-of.html

* e também ao João Jardel, que foi quem me fez conhecer Snow Patrol através desse clip há um tempo atrás!

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A decisão saiu após julgamento na Corte de Apelações da FIA, que aconteceu ontem. Depois de os comissários terem liberado o uso dos polêmicos difusores desenvolvidos por Brawn GP, Toyota e Williams antes das etapas da Austrália e Malásia, desta vez o departamento técnico da FIA e cinco juízes da corte confirmaram a legalidade.

Apesar disso, o advogado da Renault, Andrew Ford, argumentou que sua equipe tinha desenvolvido peça semelhante, mas abandonaram o projeto porque a FIA disse que era ilegal. Tom Byrne, projetista da Ferrari, explica melhor: “se você olhar o carro da Brawn por baixo, vai ver a suspensão através dos buracos”. Se for verdade e isso também acontecer nos Toyota e Williams, então os carros das três equipes estariam contra o artigo 3.12.5 do regulamento técnico da F1 para 2009, segundo o qual buracos no fundo do carro não podem possibilitar a visão de partes superiores.

Na verdade, essa não é uma novidade no regulamento. Byrne diz que essa é uma regra estabelecida há pelo menos 15 anos. Do outro lado, as três equipes contra-argumentam que esses buracos não passam de espaços entre o topo do difusor e o assoalho do carro. Isso não me convenceu… Será que a FIA ouviu algo a mais para dar o veredicto?

Controvérsias a parte, não acredito que alguma das outras sete equipes voltarão a apelar judicialmente. Então, começa a corrida contra o tempo para desenvolver novos aparatos para os carros. Finalmente, veremos se a vantagem, principalmente de Brawn e Toyota, se deve apenas ao difusor de dois andares. De uma forma ou de outra, acho que vai aumentar o equilíbrio na categoria. Tudo bem, foi bom ver a Brawn sobrando na pista. Pena que o Barrichello não se aproveitou tanto nessas duas corridas. Agora, terá mais concorrência.

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Desde os testes de pré-temporada, a Fórmula 1 prometia novas emoções. Toyota andando bem, McLaren no pelotão de trás. E desde a concretização da Brawn GP, passou a se questionar muito uma característica comum a essas duas equipes e à Williams, que também cresceu: os difusores.

O difusor não é um adereço: é uma parte do equipamento. Todos os Fórmula 1 tem seu difusor. A função dele é direcionar a saída do ar que passa por baixo do carro. Quanto mais ar puder sair dali, com mais estabilidade se comportará o carro, principalmente em curvas. Com o difusor, o ar “empurra” a traseira do carro para o asfalto, melhorando a aderência. Sem ele, o ar passaria por uma brecha muito pequena embaixo do chassi, o que faria com que a traseira do carro perdesse aderência e consequentemente tração.

Na regra atual da Fórmula 1, está estabelecida a altura máxima de 175mm para os difusores, que são originalmente fixados ao fundo plano do chassi. Só há um tópico para esse assunto, e está dentro do capítulo sobre o regulamento geral para as carrocerias. Com essa falta de especificidade, é comum que tenham buscado – e encontrado – brechas.

O difusor da Williams, como exemplo mais simples, tem um “segundo andar”, ou seja, uma espécie de “sobredifusor” (entenda na foto abaixo). O difusor, em si, respeita a altura máxima. Já esse segundo andar funciona como um difusor, mas está fixado na parte de cima – portanto, não devendo necessariamente respeitar à altura máxima estabelecida para o difusor. Essa estrutura superior, de acordo com outra parte da regra, deve estar fixada ao fundo plano do chassi na linha do eixo traseiro, ou seja: na mesma direção, exatamente acima do difusor. Também na regra consta que a carroceria pode estar de 200 a 500 milímetros acima desse fundo plano.

[Foto: Oliver Multhaup / AP; destaques feitos por mim]

Foto: Oliver Multhaup/AP. Destaques feitos por mim

Difusor da Brawn tem formato inovador

Difusor da Brawn tem formato inovador

Brawn GP e Toyota foram ainda mais longe. É como se tivessem dividido o difusor em duas peças e, entre elas, colocado a sua versão de sobredifusor, que também está ligada à estrutura superior. Confiram essa ótima explicação de Priscilla Bar, do site Guard Rail. Os gráficos explicam tudo: http://www.guardrailf1.com/2009/02/os-difusores-na-f1-em-evidencia.html

Enfim: as três equipes utilizaram como sobredifusor uma parte do carro que, de acordo com a regra, precisa estar exatamente acima do difusor, na mesma linha do eixo traseiro. Então, é aí que o caso complica: não é apenas uma peça que outras equipes poderiam copiar caso seja completamente liberada pela FIA no próximo julgamento do dia 14 de abril. É uma estrutura, ligada em várias partes do carro. Tentar colocar o sobredifusor significa ter que adaptar outras peças, ou seja, reprojetar uma parte do Fórmula 1. Com a redução de custos, seria impossível fazer isso sem passar por boas horas de túnel de vento e testes. Mais uma vez, resta destacar o bom rendimento da Red Bull, que corre sem KERS nem difusor polêmico.

McLaren remodelou seu difusor, sem muita melhora

McLaren remodelou seu difusor, sem muita melhora

Mesmo assim, a McLaren usa um modelo diferente de difusor desde os últimos testes de inverno em Jerez de La Frontera, quando Kovalainen melhorou e muito seu tempo. Nas provas, parece não ter feito tanta diferença.

Muita expectativa para as próximas corridas. Será que essas equipes, mesmo sem tanto investimento, se manterão na frente? Se a FIA, como nós, estiver feliz com a nova era de disputas na Fórmula 1, já posso comemorar a liberação definitiva dos sobredifusores!

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A nova era da Fórmula 1 está resgatando fãs e fortalecendo sua relação com a era pós-Senna. Houve mudanças polêmicas nas regras, como a apressada implantação do KERS e a discussão sobre um novo sistema de pontuação, que acabou adiado para o ano que vem. Outras decisões da FIA foram muito acertadas, como a volta dos pneus slick e a proibição de apetrechos aerodinâmicos, tudo baseado na filosofia de redução de custos.

É por isso que nas duas primeiras corridas da temporada 2009 tivemos grandes disputas e emoções. O fator “paixão pelo esporte” também cresce muito, já que as equipes que vem se destacando até agora são simpáticas à maioria do público. O domínio de Ferrari e McLaren ruiu; a ascensão da BMW se reverteu. Massa e Raikkonen sofrem com a falta de confiabilidade do equipamento e da equipe. Hamilton faz o que pode com o que muitos já chamam de “McLata”. Na BMW, péssimos treinos se contrastam com bom rendimento na corrida; se Kubica está azarado, Heidfeld pode comemorar – principalmente pela sorte hoje, na Malásia, já que apenas uma troca de pneus foi necessária.

Red Bull e Toyota não são equipes humildes – o investimento dos japoneses é um dos maiores desde que iniciou sua trajetória. Mas é melhor assim do que com Ferrari e McLaren novamente. Williams volta a mostrar competitividade depois de anos apagada, principalmente com Nico Rosberg que, na Malásia, mostrou que pode render bem na corrida tanto quanto nos treinos.

Barrichello e Button - dobradinha na Austrália 2009

Barrichello e Button: dobradinha na Austrália 2009

Caso semelhante ao da Williams – porém com muito mais brilhantismo – é o da Brawn GP. A ex-Honda encanta com os motores Mercedes e coloca a McLaren (e grande parte do grid) no chinelo. Jenson Button, que sabe correr quanto tem um carro bom nas mãos, conquistou sua segunda vitória seguida. Ross Brawn só pode se orgulhar do início de temporada. Até agora, tem líder e vice-líder no campeonato e liderança de construtores. Os pilotos até homenagearam o bom momento vivido pela equipe, pintando seus capacetes com o amarelo marca-texto já característico.

Mesmo assim, destaque para a Red Bull que, ao contrário de Brawn GP, Williams e Toyota, não tem o contestado disufor, motivo da discórdia na temporada até agora. A equipe mostra que quem errou feio no desenvolvimento do carro foi a Renault, já que os motores são os mesmos. Pior para Alonso que, como Hamilton, faz o que pode.Às equipes de ponta, que não tem andado na ponta, resta chorar.

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